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6 Padrões Relacionais na interação do Casal

Terá a família de origem alguma influência no nosso próprio padrão relacional amoroso?

Muitos dirão logo que “não, nem pensar” mas a verdade é que especialistas da área defendem o contrário.

A nossa família de origem e as experiências que vivenciámos nela durante o nosso crescimento, influenciam a forma como vivemos as nossas próprias relações amorosas, em idade adulta. E se há determinados padrões comportamentais que rejeitamos logo à partida adotar dos nossos pais, outros há que são bastante reproduzidos, por vezes, até de forma inconsciente.

Incrédulo? Pois é, vários estudos o comprovam.

Sendo cada relação única, diferente de qualquer outra, a verdade é que, inconscientemente, todos nós acabamos por repetir alguns padrões comportamentais que vimos na relação dos nossos pais ou dos seus substitutos, inclusivamente aqueles que dissemos nunca vir a repetir! E o que é válido para si também é válido para o(a) seu(sua) parceiro(a).

Quando se é criança, a vontade de querer saber e explorar o mundo leva-nos biologicamente a absorver a informação que nos rodeia. Na infância, os nossos pais são os nossos heróis e, portanto, é natural que tudo o que façam se torne uma referência com marcas profundas na nossa própria formação, na pessoa que hoje somos. Nesse sentido, não podemos deixar de levar em conta o relacionamento dos nossos pais nem o que era vivido e sentido por nós, enquanto crianças, adolescentes e jovens. Essa bagagem relacional faz parte da nossa formação enquanto seres humanos e, inevitavelmente, adotamos alguns padrões comportamentais da nossa mãe e do nosso pai ou de quem os representou durante o nosso crescimento.

Hoje sabe-se que em cada casal, existe uma forma típica de estar na relação com o outro. Por isso, os especialistas da área conseguem identificar seis tipos de padrões relacionais ou tipos de casais, distintos.

Identifique qual o padrão que existe na sua relação amorosa.

1. Padrão “Cão & Gato”. É um casal que discute constantemente por qualquer motivo ao mesmo tempo que se sentem atraídos um pelo outro. Ambos gostam do ciclo discussão-reparação, sendo a parte de fazer as pazes bastante prazerosa para ambos. As discussões são alimentadas pelo sentimento de insegurança e as interrupções da relação são confusas e complicadas.

2. Padrão “No pedestal”. Neste casal, é típico que um dos parceiros se mostre distante, tornando-se o centro das atenções para o outro, de tal forma que poderá até ser alvo de perseguição. Estes papéis perseguido-perseguidor vão sendo assumidos pelos dois alternadamente sem que ambos se apercebam dessa dinâmica, acabando por ficar demasiado dependentes um do outro. O elemento perseguido gosta da emoção dessa procura. O que guia este casal é o medo de ser visto pelo outro como uma pessoa carente.

3. Padrão “Pais & Filhos”. Um dos parceiros assume uma função parental, ou seja, assume-se como cuidador e responsável pelo outro, sendo este papel sentido como um propósito de vida. No entanto, o elemento visto como um filho, poderá sentir-se sufocado e controlado em demasia. Neste padrão relacional existe o perigo de um se tornar controlador e o outro demasiado dependente.

4. Padrão “Ídolo & Fã”. Um dos parceiros venera o outro, como sendo um ser humano perfeito em tudo o que pensa, faz e diz. Por vezes, este elemento idolatrado manipula o seu “fã” e pode conseguir anulá-lo de tal forma que, mesmo quando ele é bem sucedido, esse facto é ignorado. Outra situação comum neste tipo de relacionamento é o facto do fã estar convencido de que nunca encontrará mais ninguém tão bom como o seu parceiro atual.

Normalmente, este tipo de relação dura pouco tempo, na medida em que não existe espaço para que ambos progridam como seres humanos. É provável que o “ídolo” tenha uma série de relacionamentos de curta duração com diferentes fãs, adotando a postura de “se não me admiras tal como eu sou, então, vou procurar alguém que o faça.”

5. Padrão “Cara-metade”. Apresentam uma base de semelhanças tão grande que parecem assumir a identidade um do outro – interesses, desejos, motivações, necessidades, opiniões, etc. A ligação emocional é bastante forte, ao mesmo tempo que vivem numa bolha relacional que poucas pessoas são capazes de quebrar, até mesmo, em alguns casos, os próprios filhos. Este padrão relacional é normalmente encontrado em novos relacionamentos ou quando os parceiros são dominados por uma grande insegurança.

6. Padrão “Adultos”. Trata-se de uma relação funcional entre duas pessoas maduras, à vontade com as suas diferenças e com pouco interesse em criar e manter conflitos. Neste padrão relacional, o casal nunca terá que enfrentar o lado obscuro um do outro o que, por outro lado, poderá retirar alguma realidade à relação.

No fim de ler estas descrições, é bem provável que não se consiga rever a 100% em nenhuma delas porque cada casal é muito mais do que está exposto. O que aqui é revelado é somente a característica central que sustenta a relação e através da qual é desenvolvida. Falta ainda completá-la com as particularidades que a tornam única.

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Imagem I O SEU IKIGAI

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