Onde está o Natal... na educação emocional?
O Natal está a chegar e com ele a armadilha das prendas materiais em doses XXL, com destino direto aos sapatinhos das crianças.
Brinquedos, brinquedos, jogos, poucos livros e mais brinquedos, quase sempre numa repetição sobre “o mais do mesmo”...
Hoje, conhece-se bem o papel da brincadeira no desenvolvimento intelectual, emocional e social das nossas crianças. Sendo através da brincadeira e do afeto que melhor se conseguem expressar e entender o mundo, é fundamental que elas possam estar bastante tempo nesta atividade.
Quando brinca, a criança está a ensaiar a vida e a organizar-se internamente, para um desenvolvimento pleno e equilibrado.
Mas muita brincadeira não é sinónimo de muitos brinquedos. Antes pelo contrário!
Demasiados brinquedos perturbam o desenvolvimento da criatividade, da concentração e do fluxo de pensamento, diminuem o espaço da brincadeira, e aumentam a desarrumação.
Para além disso, fica no ar a ideia de que tudo é muito fácil de conseguir. “Não custa nada”, basta pedir... neste caso ao Pai Natal.
E depois, “Se o Pai Natal traz tantos brinquedos para mim, também traz para os outros meninos. Então, mamã, porque é que dizes que há meninos sem brinquedos?” Grande trapalhada!
Ajude o seu filho a ser feliz e, acredite, isso está longe de passar pelos bens materiais. Garantimos-lhe que esta aprendizagem é mais fácil do que parece! Ela faz parte da educação emocional.
Deixamos-lhe quatro grandes sugestões de presentes diferentes que o Pai Natal poderá deixar no sapatinho dos pequenotes:
1. Um adulto de referência para a criança. E que tal embrulhar o pai, a mãe, os avós ou outro adulto de grande importância para a criança? Ela vai adorar ter como presente os próprios pais/adulto de referência! E a parte de ter um embrulho tão grande e tanto papel para rasgar será também uma animação. Ofereça-lhe a garantia do seu tempo, de corpo e alma, todos os dias durante uns minutos. Ofereça, não só a sua presença física mas a sua atenção, sem stresse. Este será o melhor presente que ela poderá receber. Será o presente mais surpreendente e, sem dúvida, o mais valioso.
2. Atividades familiares. Por exemplo: um jogo para fazer em família; uma ida familiar ao cinema com direito a pipocas; plasticina com direito a concurso de estátuas; karaoke para todos; etc.
Brincar na companhia de um adulto e de outras crianças favorece o contacto emocional, a linguagem, criatividade, a troca de ideias e de saberes, entre outras vantagens.
3. Necessidades. O que está a precisar neste momento a sua criança ou o que irá precisar dentro em breve? Por exemplo: lápis de cor, um caderno para desenhar, um pijama quentinho, aquela camisola, uma mochila, um livro educativo sobre aquele tema. Já tem fato de carnaval?
4. Novas experiências. Ofereça-lhe a oportunidade de experimentar novas atividades. Um mês de aulas de música, uma aula de dança, uma entrada num museu, um desporto diferente, um workshop de culinária ou antes de jardinagem, ou até uma experiência no IKids - treino de Inteligência Emocional para crianças.
Esta educação emocional pode e deve estar presente na hora de, por exemplo, ajudar a sua criança a fazer os pedidos ao Pai de Natal.
E então, o que vais pedir ao Pai Natal?
Boas escolhas!
Imagem I O SEU IKIGAI