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Torne a sua criança resiliente - sugestões práticas dos 0 aos 7 anos


A resiliência é a capacidade para enfrentar, gerir e superar problemas e adversidades, de forma ajustada e equilibrada. Poderá ser, por exemplo, uma mudança repentina de planos, uma contrariedade, a dificuldade em fazer algo, um contexto de stresse ou de pressão.Trata-se, pois, de um suporte emocional bastante importante para a gestão saudável das nossas relações e das nossas emoções, ou seja, da nossa vida pessoal e profissional.

Então, como construir nas nossas crianças a resiliência?

A promoção do desenvolvimento da resiliência deve ser sempre feita de acordo com a idade da criança, acompanhada de persistência e muita afetividade por parte dos adultos que a orientam. Na verdade, existe mesmo uma condição impreterível para que tal seja possível – antes de qualquer coisa, a criança precisa de se sentir amada incondicionalmente, de ser estimulada e de estar protegida (stresse, maus tratos, cuidados básicos), de forma a que as suas necessidades afetivas sejam preenchidas. Parta sempre desta verdade.

NAS CRIANÇAS DOS 0 AOS 3 ANOS:

  1. Leve-a a cumprir as regras. Nestas idades, parece que a criança só mexe no que é proibido e só faz o que não deve fazer, certo? Isso é normal porque ela é naturalmente curiosa e precisa de explorar as coisas à sua volta. Respire fundo! Se começar a dizer “não” a tudo o que faz, rapidamente se habituará a essa palavra e tal deixará de surtir o efeito pretendido. O segredo está em antecipar os acontecimentos e desviar a sua atenção para outras coisas, prevenir-se quanto às zonas perigosas da sua casa e selecionar um conjunto de regras, poucas de cada vez, que deverão ser rigorosamente obedecidas. Só deverá introduzir novas regras quando as primeiras tiverem sido adquiridas. Isso não implica gritos nem palmadas. O seu exemplo ajuda e muito. Seja coerente com o que faz e com o que pede à criança. Ela está em constante observação e aprendizagem.

  2. Enalteça os seus progressos. Elogie sempre as suas conquistas. Por exemplo, quando cumprir uma regra, quando começar a gatinhar, a andar, a comer sozinho, fazer chichi no bacio, deixar a chupeta, concluir um jogo, etc.

  3. Utilize frases positivas. Mostre-lhe o quanto acredita nas capacidades dela. Incentive a sua autonomia, autoconfiança e a capacidade de resolver problemas, recorrendo a frases de incentivo e transmissão de segurança através do tom de voz (firmeza). Por exemplo: “Tu consegues.”, “Tu sabes.”, “Vamos lá.”, “Tenho a certeza que és capaz.”

  4. Acalme-a. Em situações de stresse, ajude-a a tranquilizar. Um agraço apertado, acompanhado de uma voz serena, ajudam muito nesta missão. Diga-lhe que “Está tudo bem”, quantas vezes forem necessárias. Dê-lhe tempo para se acalmar.

  5. Encoraje autonomia. Embora com supervisão, ajude-a a realizar atividades sozinha ou com uma ajuda decrescente do adulto. Não é abandoná-la à própria sorte. Terá de ter a certeza que a criança já tem maturidade suficiente para fazer essa atividade praticamente de forma autónoma.

  6. Trabalhe a consciência emocional. À medida que ela vai alargando o seu vocabulário e melhorando o seu talento linguístico, é importante que consiga identificar as suas próprias emoções e reconhece-las nos outros também.

  7. Prepare-a para as adversidades. A partir dos 3 anos, ajude-a a encontrar soluções possíveis para as diferentes dificuldades que sinte. Faça-o através de jogos, histórias ou teatrizações.

NAS CRIANÇAS DOS 4 AOS 7 ANOS:

  1. Ajude a empatizar. É importante que a criança se consiga colocar no lugar do outro, compreendê-lo, respeitá-lo e ser afetuosa.

  2. Ajude a ser responsável. Comece-lhe por mostrar e explicar em coisas simples e visíveis que os seus atos, bons e maus, têm consequências. Por exemplo, se dá um beijo à mãe, ela fica contente e ele é responsável por isso. Se dá a chupeta a um menino pobre ele será responsável por aquela alegria. Se pisou um brinquedo que deixou no chão, mostre-lhe o estrago que provocou e explique-lhe que é responsável pelo que aconteceu. Fale das consequências (não terá mais aquele brinquedo) e encontrem juntos uma solução para que não volte a pisar mais brinquedos (importância de os arrumar).

  3. Elogie. Da mesma forma que a chama a atenção quando algo corre menos bem, também deverá reconhecer quando ela consegue coisas boas. Parabenize com afeto as suas conquistas e comportamentos desejáveis. Por exemplo, quando cumpre uma ordem mesmo sem lhe apetecer, quando consegue verbalizar uma emoção que está a sentir, quando se preocupa o bem-estar do outro, quando arruma o pijama em vez de o deixar no chão, etc.

  4. Na resolução de problemas. Incuta-lhe que as dificuldade são desafios que consegue superar. Ensine-a a reconhecer a solução mais adequada nas situações. Sempre que não consiga fazê-lo sozinha (o que é natural), aconselhe-a a conversar com o adulto.

  5. Tranquilize-a. No momento em que está aflita e stressada, abrace-a, e num tom de voz sereno peça-lhe para respirar fundo ou a contar até 10. Quando estiver calma, falem sobre o que aconteceu e o que o provocou. Aos poucos, ajude-a a encontrar estratégias para se acalmar sozinha.

Esperamos ter conseguido ajudá-lo.

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Imagem I O SEU IKIGAI

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